A Praça dos Três Poderes, em Brasília, passará por uma ampla restauração com custo estimado em R$ 29,1 milhões. O Iphan prevê o início das obras ainda em 2025, incluindo melhorias em acessibilidade e iluminação.
Além disso, o conselho do tombamento da capital aprovou uma usina solar no Palácio da Alvorada, com investimento superior a R$ 3,5 milhões. O local apresenta atualmente diversos problemas estruturais e de conservação.
Detalhes do projeto de restauração
O projeto de restauração da Praça dos Três Poderes contempla a recuperação completa do piso e de estruturas comprometidas, restauro de obras de arte, revitalização do Museu da Cidade e do Espaço Lúcio Costa, além da modernização da iluminação da praça e dos monumentos. Estão previstas também melhorias na acessibilidade para pessoas com deficiência, drenagem, sinalização visual e turística, e instalação de câmeras de segurança.
Entre as obras e monumentos que serão beneficiados estão: Os Candangos, Herma de Juscelino Kubitschek, Herma de Tiradentes, Marco Brasília, Herma de Israel Pinheiro, Pombal, Museu da Cidade e Espaço Lúcio Costa.
Situação atual da praça
Em visita realizada na terça-feira (12), foram identificados problemas como pedras portuguesas soltas, buracos, bancos de concreto sujos e danificados, placas de esculturas sujas, esculturas pichadas e com tinta descascando, ferrugem e falta de pintura. No Espaço Lúcio Costa, o elevador para cadeirantes está inoperante, a maquete de Brasília está suja, quebrada e empoeirada, não há saída de emergência e existem infiltrações no teto. O Panteão da Pátria apresenta cheiro forte de mofo, ausência de saída de emergência, carpete antigo e possivelmente inflamável, além de elevador para cadeirantes fora de funcionamento. Na Bandeira do Brasil, a placa em frente à haste está enferrujada e ilegível, com partes da construção ao redor quebradas.
Usina solar no Palácio da Alvorada
O conselho responsável pelo tombamento da capital federal também aprovou a implantação de uma usina solar fotovoltaica no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, localizada a cerca de 4 km da Praça dos Três Poderes. O projeto prevê a instalação de 1.922 módulos solares em uma área afastada do espelho d’água e dos jardins formais, com custo superior a R$ 3,5 milhões.
De acordo com a Neoenergia e o Palácio do Planalto, o investimento será realizado pelo Programa de Eficiência Energética (PEE) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A expectativa é que a economia anual ultrapasse R$ 1 milhão, sendo suficiente para suprir todo o consumo do palácio.