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Política

Reservistas israelenses desafiam ordens e criticam guerra em Gaza

Movimento de oposição entre militares cresce diante de planos de ocupação total e impactos humanitários

O Exército de Israel enfrenta crescente resistência interna, com reservistas e oficiais questionando a estratégia militar na Faixa de Gaza. O chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, alerta para riscos da ocupação total, enquanto movimentos como Soldados pelos Reféns defendem a recusa à mobilização. Palestinos relatam sofrimento e deslocamentos forçados diante dos novos planos militares.

Desgaste interno e apelos à desobediência

O Exército israelense, composto majoritariamente por reservistas, apresenta sinais de cansaço e desmoralização. O chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, já classificou a estratégia de ocupação total da Faixa de Gaza como uma “armadilha estratégica”, alertando para riscos militares e humanitários em uma ação prolongada.

Entre os reservistas, destaca-se Shaked Rogel, de 34 anos, integrante do grupo Soldados pelos Reféns, que defende a recusa às ordens de mobilização para lutar em Gaza. Rogel afirma agir por patriotismo e não por desconfiança no Exército. Segundo ele, “o Exército está cansado e desmoralizado. Não quer fazer esta guerra. Não queremos conduzir uma guerra de extermínio contra os habitantes de Gaza”.

Rogel, acadêmico e veterano da guerra contra o Hezbollah no Líbano, relata que foi convocado novamente em novembro, mas se recusa a obedecer ordens que considera criminosas. “Sou leal ao Exército e ao Estado de Israel. Não obedecerei a ordens que nos desonram”, declara. A imprensa israelense também noticiou aumento de suicídios e casos de estresse pós-traumático entre combatentes nas últimas semanas.

Impacto humanitário e reação palestina

Do outro lado do conflito, palestinos enfrentam deslocamentos forçados e angústia diante dos planos militares israelenses. Wissam Hamad, pai de cinco filhos e morador do norte da Faixa de Gaza, vive há meses abrigado em uma escola da UNRWA, em Gaza, área que Israel pretende controlar. O deslocamento da família custaria cerca de 1.000 shekels, valor inviável diante da escassez de recursos.

Outra palestina relata a dificuldade de mover o marido, ferido e dependente de cadeira de rodas elétrica, lembrando que já precisaram alugar uma carroça puxada por burro para fugir dos combates. Mohammad, cantor de 30 anos, pede o fim da “guerra catastrófica” e apela aos negociadores do Hamas para aceitarem qualquer solução pelo bem dos habitantes de Gaza.

Planos israelenses e críticas internacionais

O governo israelense anunciou a intenção de assumir o controle da cidade de Gaza, no centro do enclave, o que pode deslocar cerca de um milhão de pessoas. Para Mustafa Barghouti, secretário-geral da Iniciativa Nacional Palestina, trata-se de “limpeza étnica total dos palestinos em Gaza”. Ele acusa Israel de buscar controlar o território sem assumir responsabilidades e denuncia a ausência de sanções internacionais como fator que permite a continuidade das ações israelenses.

escrito com o apoio da inteligência artificial
este texto foi gerado por IA sob curadoria da equipe do Tropiquim.
todos os fatos foram verificados com rigor.

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