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Disputa por ilha no Amazonas leva Colômbia e Peru a enviarem militares à fronteira

Tensão cresce na tríplice fronteira após surgimento de ilha e provoca movimentação militar e crise diplomática

A disputa entre Colômbia e Peru por uma ilha recém-formada no rio Amazonas ganhou contornos militares nesta semana na tríplice fronteira com o Brasil.

Ambos os países deslocaram tropas para a região de Santa Rosa, após acusações mútuas de ocupação e violação de tratados. O episódio intensifica uma crise diplomática que se arrasta desde o ano passado.

Escalada militar e diplomática

A tensão aumentou após o presidente colombiano Gustavo Petro protestar contra a presença militar peruana na ilha de Santa Rosa, localizada na fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. Em resposta, o governo peruano enviou tropas ao local, enquanto as Forças Armadas colombianas reforçaram o efetivo em Letícia, cidade próxima à ilha.

Petro esteve em Letícia na quinta-feira (7), transferindo para lá uma celebração nacional, e o primeiro-ministro do Peru, Eduardo Arana, visitou a região no mesmo dia. A imprensa peruana relatou supostos sobrevoos de aviões militares colombianos em espaço aéreo peruano.

A crise teve início no ano passado, mas se intensificou nesta semana, quando a Colômbia acusou o Peru de apropriação da ilha, formada por sedimentação do rio Amazonas em área considerada peruana por divisão feita há quase cem anos.

Ao chegar à ilha, militares peruanos hastearam bandeiras. Petro questionou o envio de tropas e defendeu uma nova convenção, já que Santa Rosa não consta no tratado original de demarcação. “A ideia do tratado era justamente que todos os países fossem contemplados com margens para o rio Amazonas”, afirmou Petro ao jornal El País.

Impacto geográfico e social

Estudos indicam que, até 2030, o curso do rio Amazonas pode mudar, favorecendo o lado peruano e ameaçando o acesso colombiano ao rio. “Tudo aqui é e sempre foi peruano”, declarou Arnold Pérez, morador da ilha, à rádio Caracol.

Notas oficiais e histórico de tensão

Autoridades dos dois países trocaram notas oficiais sobre quem deve controlar a ilha. O Peru publicou lei criando o distrito de Santa Rosa de Loreto, incluindo a ilha, o que irritou a Colômbia. Petro acusou o Peru de violar tratados e afirmou que usará canais diplomáticos para defender a soberania nacional.

Em resposta, o governo peruano reafirmou sua soberania sobre Santa Rosa, citando a Comissão Mista Demarcadora de 1929. Apesar disso, a ilha enfrenta abandono e falta de infraestrutura, segundo relatos locais.

Relações diplomáticas abaladas

O episódio ocorre em meio a relações tensas desde 2022, quando o presidente peruano Pedro Castillo foi destituído e Petro classificou o fato como golpe de Estado, retirando o embaixador colombiano de Lima. Desde então, as relações são conduzidas por encarregados de negócios.

escrito com o apoio da inteligência artificial
este texto foi gerado por IA sob curadoria da equipe do Tropiquim.
todos os fatos foram verificados com rigor.

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