Um soldado do Exército dos Estados Unidos foi preso nesta quarta-feira (6) no Texas, acusado de tentar compartilhar informações confidenciais sobre tanques de guerra com o governo russo.
Taylor Adam Lee, de 22 anos, teria entregado um cartão de memória com dados técnicos do tanque M1A2 Abrams a alguém que acreditava ser agente russo.
O Departamento de Justiça dos EUA informou que Lee buscava cidadania russa em troca das informações.
Acusações e detalhes da investigação
Segundo documentos judiciais, Taylor Adam Lee enfrenta duas acusações federais: tentativa de transmitir informações de defesa nacional e exportação não autorizada de dados técnicos controlados. O militar, que tinha uma autorização de segurança ultrassecreta, teria compartilhado no mês passado um cartão de memória contendo documentos e dados sobre o M1A2 Abrams e outras operações militares dos EUA.
Os promotores afirmam que alguns dos documentos estavam marcados como “Informações não classificadas controladas” e continham detalhes técnicos que Lee não estava autorizado a fornecer. Ele teria entregue esse material a uma pessoa que acreditava ser oficial da inteligência russa.
Reações das autoridades
O FBI, representado por Roman Rozhavsky, declarou: “A prisão de hoje é uma mensagem para qualquer pessoa que esteja pensando em trair os EUA — especialmente os membros do serviço que juraram proteger nossa pátria”. Já o general de brigada Sean Stinchon reforçou: “Os soldados que violarem seu juramento e se tornarem ameaças internas serão absolutamente capturados e levados à Justiça, e continuaremos a proteger o pessoal do Exército e a proteger os equipamentos”.
Motivações e repercussão
De acordo com a promotoria, Lee buscava obter cidadania russa ao tentar repassar informações sobre o principal tanque de guerra dos EUA. O caso evidencia preocupações com possíveis ameaças internas, especialmente envolvendo militares com acesso a informações sensíveis.
A prisão de Lee reforça o compromisso das autoridades norte-americanas em monitorar e coibir tentativas de vazamento de dados estratégicos. O episódio também reacende o debate sobre os riscos de espionagem e a necessidade de vigilância sobre quem detém autorizações de segurança de alto nível.
O Departamento de Justiça dos EUA segue investigando o caso, que pode resultar em penas severas caso as acusações sejam confirmadas.