Deputados da oposição disseram nesta quarta-feira (6) que negociaram com a Presidência da Câmara a votação da anistia aos réus dos atos golpistas de 8 de janeiro e o fim do foro privilegiado.
A base do governo, porém, negou qualquer acordo e prometeu entrar com representação no Conselho de Ética contra os parlamentares que ocuparam a Mesa da Câmara.
Durante entrevista no Salão Verde da Câmara, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) declarou que a oposição buscou um acordo para pautar dois temas: a anistia aos réus dos atos golpistas de 8 de janeiro e o fim do foro privilegiado para autoridades. Segundo ele, a ocupação das Mesas Diretivas da Câmara e do Senado teve como objetivo pressionar pela devolução das “prerrogativas do Congresso”.
Em resposta, integrantes da base do governo negaram a existência de qualquer negociação para votar a anistia ou o fim do foro privilegiado. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que a bancada governista vai ingressar com representação no Conselho de Ética contra os parlamentares envolvidos na ocupação da Mesa da Câmara.
A movimentação da oposição gerou tensão nos bastidores da Câmara, com a base governista prometendo reação institucional. O episódio evidencia o clima de disputa em torno de temas sensíveis, como a anistia aos réus dos atos de 8 de janeiro e o fim do foro privilegiado, ambos de grande impacto político.
A ocupação das Mesas Diretivas foi interpretada como estratégia de pressão da oposição, enquanto a base do governo reforçou que não há acordo e que tomará medidas disciplinares. O Conselho de Ética deve ser acionado para avaliar a conduta dos parlamentares envolvidos no protesto.