A Embaixada da China no Brasil declarou nesta quarta-feira (6) disposição para trabalhar junto ao Brasil e enfrentar as incertezas externas, destacando a estabilidade e a complementaridade da cooperação bilateral.
A manifestação ocorreu após conversa telefônica entre Wang Yi, assessor do presidente Xi Jinping, e Celso Amorim, assessor especial do presidente Lula, em meio à crise gerada pelo tarifaço dos EUA sobre produtos brasileiros.
Cooperação estratégica entre China e Brasil
O comunicado da Embaixada da China destacou que, sob a orientação estratégica dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping, Brasil e China seguem comprometidos na construção de uma “Comunidade de Futuro Compartilhado por um Mundo mais Justo e um Planeta mais Sustentável”.
A ligação entre Wang Yi, chefe do Gabinete de Assuntos Internacionais do Partido Comunista Chinês, e Celso Amorim, assessor especial do presidente brasileiro, reforçou o alinhamento entre os dois países diante das adversidades externas.
A manifestação chinesa ocorre em um momento delicado, após o anúncio do presidente Donald Trump de um tarifaço sobre produtos brasileiros, atingindo setores como carne, café, aço e frutas, o que agravou a crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos.
Apoio mútuo no cenário global
Durante a conversa, Wang Yi ressaltou que China e Brasil são as principais nações em desenvolvimento de seus respectivos hemisférios e atuam juntas na defesa da multipolaridade mundial, da ordem internacional baseada em regras e da justiça global.
Segundo Wang, os dois países sempre se apoiaram mutuamente e cooperaram estreitamente, defendendo firmemente seus interesses legítimos e os interesses comuns dos países do Sul Global. O posicionamento chinês sinaliza uma tentativa de fortalecer laços em meio à instabilidade provocada por decisões unilaterais dos Estados Unidos.