A agência de inteligência externa da Alemanha (BND) declarou nesta sexta-feira (4) que a Rússia aumentou o uso de armas químicas na Ucrânia, segundo informações reunidas com autoridades holandesas.
O comunicado revela que, além do gás lacrimogêneo, as forças russas empregam cloropicrina, um composto químico perigoso e potencialmente letal em espaços fechados.
Essa prática, segundo a agência, viola a Convenção sobre Armas Químicas, que proíbe o uso desse agente sob qualquer circunstância.
Detalhes sobre o uso de armas químicas
De acordo com a BND, a Rússia tem recorrido ao uso de gás lacrimogêneo e, de forma mais grave, à cloropicrina em operações militares na Ucrânia. A cloropicrina é descrita como um composto químico altamente perigoso, capaz de ser letal quando utilizado em altas concentrações, especialmente em ambientes fechados.
O relatório conjunto da inteligência alemã e holandesa indica que o uso desses agentes químicos representa uma escalada no conflito e uma violação significativa das normas internacionais estabelecidas pela Convenção sobre Armas Químicas.
Reação internacional
O ministro da Defesa e o chefe da inteligência militar dos Países Baixos confirmaram à Reuters as informações divulgadas pela agência alemã, reforçando a gravidade da situação e a preocupação dos países europeus com o uso de armas proibidas em conflitos armados.
Convenção sobre Armas Químicas e implicações
A Convenção sobre Armas Químicas proíbe estritamente o uso de agentes como a cloropicrina em qualquer circunstância, classificando-os como armas de guerra pulmonar. A denúncia feita pela BND pode aumentar a pressão internacional sobre a Rússia e gerar novos debates sobre sanções e ações diplomáticas.
O uso de armas químicas em conflitos é considerado uma grave violação do direito internacional e costuma provocar reações de condenação por parte da comunidade internacional, podendo resultar em investigações e possíveis sanções adicionais.