Wagner da Silva Vargas, de 29 anos, natural de Santo Antônio do Sudoeste, está desaparecido desde 15 de junho após se voluntariar para lutar na guerra da Ucrânia.
O desaparecimento foi comunicado à família pela Embaixada do Brasil, após Vargas perder contato durante o combate.
Perfil e trajetória de Wagner da Silva Vargas
Natural do município de Santo Antônio do Sudoeste, no Paraná, Wagner da Silva Vargas foi pedreiro no Brasil antes de se alistar como voluntário no exército ucraniano em março de 2025. Ele viveu na cidade natal até os 14 anos, mudando-se depois para Ampére com a mãe, Maria de Lourdes Lopes da Silva, após a separação dos pais. Ao longo da vida, também morou em São Paulo e no Rio Grande do Sul.
Segundo Maria de Lourdes, Wagner não tinha experiência prévia em combates, mas sempre demonstrou interesse por assuntos militares. Ela conta que a decisão de se voluntariar ocorreu enquanto ele vivia no Rio Grande do Sul. “Ele disse que era o sonho dele. Ele queria conhecer o mundo e viver uma vida diferente”, relatou.
Planejamento da viagem à Ucrânia
Wagner organizou a ida à Ucrânia com apoio de colegas de trabalho que também manifestaram interesse em lutar como voluntários. Ele mesmo providenciou passaporte, passagem e todos os trâmites necessários. Apesar da preocupação da família, Wagner demonstrava entusiasmo e determinação antes do embarque.
Desaparecimento e buscas
O último contato de Wagner com a mãe foi em 11 de junho, quando informou que estava em combate e sem celular. Desde então, não houve mais mensagens. O desaparecimento foi confirmado pela Direção-Geral da Corporação Militar das Forças Armadas da Ucrânia, que notificou oficialmente a Embaixada do Brasil. A família recebeu a notícia oficialmente na sexta-feira, 27.
O g1 procurou a embaixada brasileira para comentar o caso, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
Repercussão familiar
Maria de Lourdes relatou que tentou convencer o filho a desistir da viagem, mas Wagner estava decidido. “Eu falei para ele não ir, esperava que ele pudesse desistir da ideia. Mas ele estava feliz antes de embarcar”, disse.