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Política

Hugo Motta defende derrubada da alta do IOF e nega traição ao Planalto

Presidente da Câmara rebate críticas após Congresso anular decretos de Lula que aumentavam o IOF e afirma que decisão teve apoio amplo

Hugo Motta, presidente da Câmara, reafirmou nesta segunda-feira (30) o apoio à derrubada dos decretos do governo Lula que aumentavam o IOF. Ele negou ter traído o Planalto e disse que a decisão foi comunicada previamente ao governo. Motta também criticou a polarização política e social no país.

A votação, que surpreendeu o governo, resultou em derrota histórica para Lula, com apoio de partidos aliados. O governo acionou a AGU para analisar se houve violação de prerrogativas do Executivo.

Decisão do Congresso e reação do governo

O Congresso Nacional invalidou três decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que elevavam as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A decisão foi tomada em votação relâmpago, anunciada por Hugo Motta nas redes sociais pouco antes do fim do dia 24. A Câmara aprovou a medida com 383 votos favoráveis e 98 contrários, sendo que 242 votos vieram de partidos com ministérios no governo. No Senado, a votação foi simbólica, sem registro nominal.

Hugo Motta declarou em vídeo: “Capitão que vê o barco indo em direção ao iceberg e não avisa não é leal, é cúmplice. E nós avisamos ao governo que essa matéria do IOF teria muita dificuldade de ser aprovada no Parlamento”. Ele afirmou ainda que a presidência da Câmara não deve servir a partidos, mas ao país.

Críticas à polarização e defesa do Parlamento

Motta rebateu as acusações de que o Parlamento não olha para o povo e criticou a tentativa de criar uma “polarização social”. Segundo ele, a decisão teve apoio de deputados de esquerda e direita. “Quem alimenta o nós contra eles acaba governando contra todos”, afirmou.

O presidente da Câmara destacou que a derrubada dos decretos reflete insatisfação do Congresso com aumentos de impostos e que outras pautas importantes também foram aprovadas.

Repercussão e próximos passos

Após a derrota, o governo Lula acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para analisar se a decisão do Congresso fere a autonomia entre os poderes. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que, caso a AGU aponte usurpação de prerrogativa do Executivo, o governo pode recorrer à Justiça.

Haddad afirmou que não vê omissão de Lula na questão do IOF e que o presidente deve cumprir a Constituição. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), considerou legítimo o posicionamento de Motta e disse que recorrer à Justiça não seria afronta ao Congresso.

Nos bastidores, a mudança de tom de Motta e de deputados foi influenciada por pressões internas, mercado e questões relacionadas a emendas parlamentares. Motta passou a criticar publicamente o pacote de medidas sugerido pela Fazenda como alternativa à alta do IOF, e comunicou ao Planalto que haveria forte reação.

escrito com o apoio da inteligência artificial
este texto foi gerado por IA sob curadoria da equipe do Tropiquim.
todos os fatos foram verificados com rigor.

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