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Cultura

Agrogays relatam exclusão e superação para conquistar espaço no campo

Influenciadores e produtores LGBTQIA+ enfrentam preconceito e buscam visibilidade no agronegócio brasileiro

No Brasil, pessoas LGBTQIA+ que atuam no agronegócio relatam exclusão e preconceito em ambientes rurais, tradicionalmente conservadores. Odorico Reis e Ivan Rangel compartilham histórias de negação, superação e busca por aceitação em suas cidades do interior de Goiás e Minas Gerais.

Com iniciativas de inclusão e visibilidade, influenciadores se tornam referência e mostram que é possível ser quem são no campo.

Desafios enfrentados no ambiente rural

Pessoas LGBTQIA+ no agronegócio, como Odorico Reis e Ivan Rangel, frequentemente precisam esconder sua orientação sexual para evitar discriminação e perda de oportunidades. O ambiente rural, marcado por valores tradicionais, reforça estereótipos e dificulta a aceitação da diversidade.

Odorico, de Buriti Alegre (GO), enfrentou rejeição familiar intensa. Seu pai, pecuarista, acreditava que o trabalho na roça o tornaria mais “masculino” e chegou a benzi-lo diariamente para “expulsar o espírito mal” associado à homossexualidade. A mãe, ao descobrir sua orientação, tentou suicídio. Apesar da agressividade, um momento de acolhimento do pai impediu que Odorico tirasse a própria vida. O reconhecimento como vereador entre 2017 e 2020 contribuiu para suavizar a relação com a família.

Ivan Rangel, de São Pedro do Suaçuí (MG), também cresceu negando sua sexualidade. Ele acreditava ser impossível ser gay e trabalhar na roça, pois nunca vira alguém como ele em sua cidade. Ao se assumir, enfrentou preconceito velado e sentiu-se obrigado a migrar para áreas urbanas. Mesmo sem agressões físicas, relata exclusão silenciosa, como não ser convidado para eventos tradicionais.

Iniciativas de inclusão e visibilidade

Apesar dos desafios, movimentos e grupos buscam promover a inclusão de LGBTQIA+ no agronegócio, desconstruindo preconceitos e criando espaços seguros. Odorico e Ivan, ambos influenciadores digitais, usam as redes sociais para dar visibilidade à causa. Odorico, com mais de 600 mil seguidores, e Ivan, com quase 180 mil, compartilham conteúdos que misturam humor, cultura rural e afirmação de identidade.

Impacto da representatividade e caminhos para o futuro

Odorico Reis, além de influenciador, atua como apresentador de eventos rurais e mantém laços com celebridades do agro, como Ana Castela. Ele destaca que o profissionalismo e o respeito conquistaram espaço para sua autenticidade. O termo “agrogay”, adotado por ambos, simboliza a criação de um novo espaço de pertencimento para gays do campo.

Ivan Rangel, que trabalha na fazenda dos pais e estuda gestão ambiental, tornou-se referência para outros jovens LGBTQIA+ rurais. Apesar de receber ameaças nas redes sociais, ele oferece acolhimento a quem enfrenta situações semelhantes. Ambos ressaltam a importância de ambientes inclusivos para estimular inovação, criatividade e bem-estar no campo.

A defesa da diversidade no agronegócio é vista como fundamental para o desenvolvimento sustentável e para a qualidade de vida dos trabalhadores rurais. A influência de figuras públicas, como o Papa Francisco, que defendeu a bênção de casais gays, também contribui para mudanças de mentalidade em famílias e comunidades tradicionais.

escrito com o apoio da inteligência artificial
este texto foi gerado por IA sob curadoria da equipe do Tropiquim.
todos os fatos foram verificados com rigor.

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