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Meio ambiente

Geleiras suíças perdem um quarto do volume em dez anos e aceleram derretimento

Estudo da Glamos revela redução significativa nas geleiras suíças, agravada por calor e falta de neve

As geleiras suíças perderam 25% de seu volume nos últimos dez anos, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira (1º) pela rede Glamos. O derretimento, intensificado por invernos com pouca neve e ondas de calor, preocupa especialistas e ameaça o abastecimento de água e energia no país.

Imagens de satélite mostram a rápida redução do Glaciar de Gries, que perdeu seis metros de espessura apenas no verão de 2025, ilustrando a gravidade do fenômeno nos Alpes Suíços.

Redução acelerada das geleiras suíças

Segundo a Glamos, o derretimento das geleiras suíças em 2025 foi semelhante ao registrado em 2022, com uma perda de 3% do volume apenas neste ano. As medições, realizadas em cerca de 20 montanhas de gelo e ampliadas para as 1.400 geleiras do país, apontam para a quarta maior redução desde o início do monitoramento, atrás apenas dos anos de 2022, 2023 e 2003.

O diretor da Glamos, Matthias Huss, destacou que “há cerca de 20 anos, todas as geleiras suíças estão perdendo gelo e o ritmo (…) está acelerando”. Como exemplo, Huss cita a geleira do Ródano, que perdeu mais de 100 metros de espessura nas últimas duas décadas.

As geleiras têm papel fundamental no abastecimento de água potável e na geração de energia hidráulica na Suíça. O relatório da Glamos detalha as perdas por década: entre 2015 e 2025, a redução foi de 24%; entre 2010 e 2020, de 17%; entre 2000 e 2010, de 14%; e entre 1990 e 2000, de 10%.

A Suíça sofre mais intensamente com o aquecimento global, que é “duas vezes mais intenso do que a média mundial”, segundo o órgão nacional de meteorologia. Desde os anos 1970, mais de 1.100 geleiras desapareceram no país.

Imagens de satélite e impactos nos Alpes

Imagens capturadas pelos satélites Copernicus Sentinel-2, da União Europeia, revelam a diminuição expressiva do Glaciar de Gries, no cantão de Valais. Entre 2000 e 2023, o glaciar recuou cerca de 800 metros e perdeu seis metros de espessura apenas entre setembro de 2024 e setembro de 2025.

Matthias Huss, diretor do GLAMOS, afirmou: “Este é um glaciar em processo de morte”. Desde 1880, a extensão do glaciar diminuiu 3,2 km, e sua espessura média atual é de 57 metros.

Os cientistas alertam que, mesmo se as emissões globais de CO2 permanecerem nos níveis atuais, quase todas as geleiras suíças poderão desaparecer até o final do século, comprometendo mais da metade do volume de gelo restante nos Alpes.

Além dos impactos ambientais, a rápida perda de gelo coloca em risco a segurança hídrica da Europa e ameaça os ecossistemas alpinos, que dependem das geleiras como “termômetros” do clima global.

escrito com o apoio da inteligência artificial
este texto foi gerado por IA sob curadoria da equipe do Tropiquim.
todos os fatos foram verificados com rigor.

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