tropiquim

tropiquim

Brasil. por brasileiros

Economia

EUA impõem tarifas sobre medicamentos e caminhões pesados a partir desta quarta-feira

Medida de Trump visa proteger indústria nacional e afeta importações europeias e mexicanas

Entram em vigor nesta quarta-feira (1º) as tarifas sobre importação de produtos farmacêuticos e caminhões pesados anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. A medida prevê taxas de 100% para medicamentos e 25% para caminhões, com o objetivo de proteger fabricantes locais e por razões de segurança nacional.

As novas tarifas impactam principalmente medicamentos de marca ou patenteados e caminhões pesados importados, excetuando casos em que as empresas estejam construindo fábricas nos EUA. O México e a Europa estão entre os principais afetados.

Detalhes das tarifas e justificativas

Segundo Trump, as tarifas visam combater a “concorrência externa desleal” e proteger a indústria americana. Para medicamentos, a taxa de 100% incide sobre produtos de marca ou patenteados, exceto quando a empresa responsável está construindo fábricas em solo americano, o que é definido como início das obras ou construção em andamento. A Pharmaceutical Research and Manufacturers of America se posicionou contra as novas tarifas, destacando que 53% dos US$ 85,6 bilhões em ingredientes de medicamentos consumidos nos EUA são produzidos internamente, enquanto o restante é importado da Europa e outros aliados.

Para caminhões pesados, a tarifa de 25% busca beneficiar fabricantes nacionais como Peterbilt, Kenworth e Freightliner. Trump não detalhou quais modelos seriam afetados, mas mencionou a importância de manter caminhoneiros americanos financeiramente saudáveis, citando também razões de segurança nacional. O México é o principal exportador desses veículos para os EUA, e as importações triplicaram desde 2019. A Stellantis, controladora da Chrysler, e a sueca Volvo, que constrói fábrica no México, também podem ser impactadas.

Reação internacional e acordos comerciais

Gigantes farmacêuticas europeias, como a dinamarquesa Novo Nordisk e a suíça Novartis, manifestaram preocupação. A Novartis afirmou que não deve ser afetada devido a investimentos recentes em infraestrutura nos EUA. O Reino Unido também pressiona os EUA, pois empresas como AstraZeneca e GlaxoSmithKline mantêm fábricas americanas e anunciaram novos aportes. Em agosto, EUA e União Europeia firmaram acordo para limitar tarifas a 15% em alguns produtos, mas as novas medidas de Trump superam esse patamar.

Desdobramentos jurídicos e políticos

As tarifas de Trump baseiam-se na Seção 232 da Lei de Expansão Comercial, que permite impor taxas sem aprovação do Congresso em nome da segurança nacional. Essa estratégia já foi usada para taxar aço, alumínio, cobre e automóveis. A legalidade dessas tarifas será analisada pela Suprema Corte dos EUA, após recurso do Departamento de Justiça contra decisão que considerou o presidente excedente em sua autoridade. O julgamento está previsto para a primeira semana de novembro.

Além das tarifas sobre medicamentos e caminhões, Trump anunciou taxas de 10% para madeira importada e de 25% para armários, pias e móveis estofados, válidas a partir de 14 de outubro. Novas tarifas sobre semicondutores, minerais essenciais e outros setores críticos podem ser anunciadas em breve, segundo a Bloomberg. O Departamento de Comércio também investiga o impacto das importações de medicamentos, inclusive genéricos, na segurança nacional.

escrito com o apoio da inteligência artificial
este texto foi gerado por IA sob curadoria da equipe do Tropiquim.
todos os fatos foram verificados com rigor.

Leia mais

Presidente do Senado bloqueia negociações sobre PL da Dosimetria após impasse com Câmara

Votação da isenção do Imposto de Renda desafia Lula e oposição na Câmara

Dólar recua com mercados atentos à paralisação do governo dos EUA

Dependentes de MEI têm direito à pensão por morte conforme a legislação