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Economia

Trump intensifica ações para enfraquecer o dólar e pressiona o Fed com cortes de juros

Estratégias do ex-presidente incluem ataques ao Fed, tarifas e regulamentação de stablecoins visando desvalorização da moeda

Donald Trump tem adotado medidas para enfraquecer o dólar, incluindo ataques ao Federal Reserve e políticas que visam cortes de juros. Recentemente, o Fed reduziu a taxa básica para 4% a 4,25% ao ano, em meio a pressões do ex-presidente. A regulamentação das stablecoins e o aumento de tarifas também fazem parte da estratégia republicana, mas especialistas apontam incertezas sobre o sucesso dessas ações.

Fed sob pressão e corte de juros

A ofensiva de Donald Trump contra o Federal Reserve ganhou força nos últimos meses, com críticas constantes ao presidente da instituição, Jerome Powell. Após meses de tensão, o Fed reduziu as taxas de juros dos EUA em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 4% a 4,25% ao ano, sendo o primeiro corte em nove meses. O único voto contrário foi de Stephen Miran, indicado por Trump, que defendia um corte ainda maior, de 0,50 ponto percentual.

Stablecoins e Genius Act

Para conter uma possível queda na demanda por títulos do Tesouro americano, a gestão Trump sancionou o Genius Act, lei federal que regulamenta stablecoins. Essas moedas digitais, atreladas a ativos como o dólar, passam a ser lastreadas por títulos da dívida pública, criando uma demanda estrutural por esses papéis. O economista André Perfeito explica que emissores de stablecoins compram títulos do governo com os recursos recebidos, o que pode elevar o preço dos títulos e reduzir as taxas de juros.

André Roncaglia, diretor-executivo do Brasil no FMI, observa que o processo pode atrair investidores estrangeiros, mesmo com taxas menores, mas pondera que o sucesso depende da aceitação do mercado. “É difícil saber, pois há muitos fatores envolvidos”, afirma Roncaglia.

Impactos das tarifas e cenário global

As tarifas impostas por Trump aumentam a percepção de instabilidade econômica global, contribuindo para a desvalorização do dólar. O índice DXY já acumula queda de mais de 10% em 2025, enquanto o ouro subiu quase 40% no mesmo período. O real brasileiro se valorizou cerca de 14% em 2025, refletindo o enfraquecimento do dólar e o diferencial de juros entre Brasil e EUA.

O economista André Perfeito ressalta que a força do dólar decorre de sua demanda como moeda global de reserva, conferindo aos EUA um “privilégio exorbitante”. No entanto, a busca por enfraquecer a moeda não é nova: Nixon, Reagan e Obama já tentaram estratégias semelhantes, sem sucesso duradouro.

Limitações das estratégias

Roberto Dumas, do Insper, destaca que a guerra comercial e as medidas de Trump provavelmente não resolverão os problemas das contas externas dos EUA, que estão ligados à baixa poupança doméstica e ao alto consumo. Ele afirma: “As ações de Trump refletem uma compreensão equivocada de conceitos macroeconômicos”.

Ataques ao Fed e fluxo de capitais

Os ataques ao Fed buscam reduzir a entrada de capitais no país, favorecendo uma leve desvalorização do dólar sem comprometer seu papel de moeda de reserva. “Reduzindo as taxas de juros e ativando um pouco mais a circulação de crédito, a tendência é eventualmente você não ter uma entrada tão forte de capitais nos EUA”, explica Roncaglia.

escrito com o apoio da inteligência artificial
este texto foi gerado por IA sob curadoria da equipe do Tropiquim.
todos os fatos foram verificados com rigor.

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