Estudos recentes apontam que o Brasil perdeu cerca de 15% da faixa de areia de suas praias nos últimos 30 anos. O fenômeno é causado pelo avanço do mar, que ameaça residências, infraestrutura e o turismo em áreas costeiras.
Municípios turísticos já sentem impactos econômicos e ambientais, enquanto ecossistemas como manguezais e restingas sofrem com a erosão. Especialistas alertam para a necessidade de políticas públicas de preservação.
Impactos da erosão costeira
O avanço do mar tem provocado erosão significativa ao longo do litoral brasileiro, reduzindo a extensão das praias e colocando em risco construções próximas à orla. A diminuição das praias afeta diretamente o turismo, uma das principais fontes de renda dessas regiões, e compromete a biodiversidade local. Ecossistemas como manguezais e restingas, essenciais para a proteção contra tempestades e para a manutenção da vida marinha, também estão sendo prejudicados.
Casos emblemáticos e dados alarmantes
Em Atafona, no litoral do Rio de Janeiro, o mar já engoliu ruas inteiras, tornando-se um dos exemplos mais preocupantes do país. A cidade foi listada pela ONU entre as 31 regiões do mundo mais ameaçadas pela elevação do nível do mar. Entre 1990 e 2020, o oceano subiu 13 centímetros na região, e a previsão do IPCC é de mais 21 centímetros até 2050. O fenômeno se repete em praias do Norte, Nordeste e Sudeste.
Causas e soluções para o avanço do mar
As principais causas da erosão costeira são as mudanças climáticas, o aumento do nível do mar e a urbanização desordenada nas áreas litorâneas. Prédios, calçadões e outras construções próximas à praia rompem o equilíbrio natural, dificultando a regeneração da faixa de areia. O ciclo natural de formação dos bancos de areia é interrompido, acelerando a perda da praia.
Medidas recomendadas
Especialistas defendem políticas públicas que incluam a preservação das áreas costeiras, o reflorestamento de manguezais e a restrição de construções em áreas de risco. Essas ações são consideradas fundamentais para minimizar os impactos do avanço do mar e garantir a proteção de vidas, infraestrutura e ecossistemas.
O alerta é para que, sem medidas efetivas, a tendência é de agravamento do problema, com mais praias desaparecendo e comunidades costeiras sendo afetadas.