Um ataque cibernético ao sistema de check-in e embarque da Collins Aerospace impactou aeroportos importantes da Europa neste sábado (20), como Heathrow, Bruxelas e Berlim.
A falha provocou atrasos e cancelamentos de voos, obrigando o uso de procedimentos manuais e afetando milhares de passageiros.
Impacto em grandes aeroportos
O ataque atingiu o software MUSE, utilizado para autoatendimento, emissão de cartões de embarque e despacho de bagagens. Segundo a Collins Aerospace, subsidiária da americana RTX Corp., a interrupção foi limitada ao check-in eletrônico e despacho de bagagem, podendo ser contornada por operações manuais.
No Aeroporto de Heathrow, em Londres, os sistemas de check-in e embarque foram afetados, resultando em atrasos para passageiros. Em Berlim, autoridades cortaram conexões para proteger a operação e informaram sobre tempos de espera mais longos no check-in. O aeroporto de Bruxelas relatou que o ataque ocorreu na noite de sexta-feira (19), derrubando sistemas automáticos e obrigando o uso de procedimentos manuais, o que causou atrasos e cancelamentos significativos.
De acordo com a Deutsche Welle, pelo menos 10 voos foram cancelados e outros 17 tiveram atrasos superiores a uma hora em Bruxelas. Passageiros foram orientados a verificar o status dos voos antes de ir ao aeroporto.
Repercussão e medidas adotadas
Apesar do alcance do ataque, aeroportos como Frankfurt, o maior da Alemanha, e Zurique, na Suíça, não foram afetados. Os terminais da região de Paris também operaram normalmente. As administrações dos aeroportos atingidos reforçaram o pedido para que passageiros confirmem o status dos voos antes de se dirigirem ao terminal.
O incidente ocorreu um dia após o aeroporto de São Petersburgo, na Rússia, relatar que seu site havia sido hackeado, indicando um aumento recente nos ataques cibernéticos ao setor aéreo europeu.
A Collins Aerospace afirmou que trabalha para solucionar o problema e minimizar o impacto, destacando que os procedimentos manuais têm sido essenciais para manter parte das operações. Passageiros enfrentaram longas esperas e incertezas, mas não há previsão oficial para a normalização completa dos sistemas.