tropiquim

tropiquim

Brasil. por brasileiros

Ciência

Laboratório Orion amplia estrutura e orçamento com experiência internacional e será entregue em 2027

Projeto brasileiro inédito na América Latina terá biossegurança máxima, integração com o Sirius e investimento de R$ 1,5 bilhão

O Orion, laboratório de biossegurança máxima em construção no CNPEM, Campinas, teve seu orçamento elevado para R$ 1,5 bilhão e entrega prevista para 2027. O projeto, único no mundo por integrar três linhas de luz do Sirius, permitirá pesquisas avançadas com patógenos de alto risco, inéditas na América Latina.

O complexo terá 29 mil metros quadrados, incorporando aprendizados de experiências internacionais, e será fundamental para o desenvolvimento de diagnósticos, vacinas e tratamentos contra futuras pandemias.

Estrutura inédita e integração com o Sirius

O Orion será o primeiro laboratório NB4 da América Latina, permitindo pesquisas com agentes biológicos de classes 3 e 4, como o vírus Sabiá, Junín, Guanarito e Machupo. Atualmente, amostras desses vírus são armazenadas no exterior devido à falta de infraestrutura adequada no Brasil. O laboratório terá acesso exclusivo a três linhas de luz do Sirius, acelerador de partículas brasileiro, possibilitando experimentos únicos no mundo.

Segundo Maria Augusta Arruda, diretora do LNBio, a conexão com o Sirius permitirá aos cientistas obter “imagens indisponíveis no mundo de hoje”. O projeto homenageia a constelação de Orion, cujas três estrelas apontam para Sirius, nome do acelerador.

Capacitação e avanços científicos

O projeto inclui a capacitação de cientistas brasileiros para lidar com agentes infecciosos de alto risco. A construção do complexo, com 29 mil metros quadrados, está prevista para conclusão ao final de 2027, seguida de comissionamento técnico e certificações internacionais de segurança.

O Sirius é considerado o principal projeto científico brasileiro, funcionando como um “raio X superpotente” para análise de materiais em escala atômica. A integração com o Orion é inédita e representa um salto para a ciência nacional.

Otimização do projeto e desafios construtivos

Antônio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM, explica que visitas a laboratórios internacionais permitiram otimizar o projeto, ampliando a estrutura física e incorporando novas soluções para fluxos de trabalho. O orçamento inicial de R$ 1 bilhão foi reajustado para R$ 1,5 bilhão devido à inflação, variação cambial e aumento da área construída.

O laboratório NB2, essencial para preparação de materiais, também foi ampliado, seguindo recomendações internacionais. “A gente quer aprender com o que os outros erraram”, afirma Silva.

Futuras pandemias e importância estratégica

Maria Augusta Arruda destaca que o Orion será essencial para respostas rápidas a ameaças de novas pandemias, permitindo o desenvolvimento de medicamentos e vacinas. “Não é uma questão ‘se vai acontecer uma próxima pandemia’, mas quando”, alerta.

Em nota, a ministra Luciana Santos classificou o início das obras como “um marco histórico para a ciência do Brasil”.

Etapas da construção

As obras começaram com a instalação de cerca de mil estacas para a fundação, etapa que deve ser concluída até dezembro de 2025. Sérgio Rodrigo Marques, diretor-adjunto de infraestrutura do CNPEM, ressalta os desafios técnicos de construir ao lado do Sirius, exigindo grande estabilidade do terreno e coordenação entre equipes científicas e de engenharia.

escrito com o apoio da inteligência artificial
este texto foi gerado por IA sob curadoria da equipe do Tropiquim.
todos os fatos foram verificados com rigor.

Leia mais

Presidente do Senado bloqueia negociações sobre PL da Dosimetria após impasse com Câmara

Votação da isenção do Imposto de Renda desafia Lula e oposição na Câmara

Dólar recua com mercados atentos à paralisação do governo dos EUA

Dependentes de MEI têm direito à pensão por morte conforme a legislação