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Delator alertou autoridades sobre risco de implosão do submersível Titan

David Lochridge denunciou falhas de segurança na OceanGate anos antes da tragédia que matou cinco pessoas em 2023

David Lochridge, ex-diretor de operações marítimas da OceanGate, alertou autoridades americanas sobre falhas de segurança no submersível Titan anos antes de sua implosão em junho de 2023, que matou cinco pessoas, incluindo o CEO Stockton Rush.

Lochridge foi demitido após denunciar problemas no projeto e materiais do submarino. Ele buscou proteção junto à Osha, mas afirma que a agência foi lenta e não o protegeu de retaliações.

Relatórios posteriores da Guarda Costeira dos EUA confirmaram que falhas de segurança e falta de fiscalização contribuíram para a tragédia.

Denúncias ignoradas e falhas no projeto

Lochridge ingressou na OceanGate sete anos antes do acidente, liderando operações marítimas e participando do desenvolvimento do submersível Titan. Ele trouxe sua experiência de mais de 25 anos no mar, incluindo passagens pela Marinha Real Britânica e operações de resgate submarino.

Desde o início, Lochridge defendia inspeções externas de segurança, principalmente devido ao uso experimental de fibra de carbono no casco do Titan. Em 2016, após a OceanGate decidir construir o submersível internamente, ele passou a identificar problemas graves, como delaminação no casco e falhas em componentes-chave.

Em janeiro de 2018, Lochridge apresentou um relatório detalhando suas preocupações a Stockton Rush, diretor-executivo da OceanGate, mas foi demitido logo após uma reunião tensa. Preocupado, procurou a Osha, que encaminhou o caso à Guarda Costeira dos EUA. No entanto, segundo Lochridge, a Osha não o protegeu de represálias e agiu com lentidão.

Após a denúncia, a OceanGate processou Lochridge e sua esposa por diversas acusações, levando-o a abandonar o caso em dezembro de 2018, após esgotamento físico e emocional. Como parte do acordo, ele retirou a denúncia e assinou um termo de confidencialidade.

Tragédia e responsabilização

Em junho de 2023, o submersível Titan implodiu durante uma expedição aos destroços do Titanic, matando cinco pessoas, incluindo o CEO Stockton Rush. Relatórios da Guarda Costeira dos EUA, divulgados em agosto, apontaram falhas de segurança, testes e manutenção como causas principais do acidente.

O relatório também destacou a falta de comunicação e coordenação entre a Osha e a Guarda Costeira, classificando a resposta das autoridades como uma oportunidade perdida para intervenção precoce. Jason Neubauer, presidente da Comissão de Investigação Marinha da Guarda Costeira, admitiu que o sistema falhou com o delator e prometeu melhorias.

A OceanGate suspendeu definitivamente suas operações após o acidente e afirmou ter colaborado com as investigações. Lochridge, por sua vez, declarou: “Venderam uma mentira” e reforçou que as autoridades poderiam ter sido mais rígidas com a empresa.

O caso expôs fragilidades na fiscalização e proteção a denunciantes em projetos de alto risco, levantando questionamentos sobre a segurança em expedições comerciais a grandes profundidades.

escrito com o apoio da inteligência artificial
este texto foi gerado por IA sob curadoria da equipe do Tropiquim.
todos os fatos foram verificados com rigor.

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