O presidente Lula declarou nesta terça-feira (5) que negociar a tarifa de 50% dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros é “mais fácil” do que enfrentar a fome e a miséria no Brasil.
No mesmo evento, Lula afirmou que pretende adotar uma postura cada vez mais “esquerdista” e “socialista”, além de criticar a prioridade dada ao pagamento da dívida pública em detrimento de políticas sociais.
Declarações durante evento
Durante um evento realizado nesta terça-feira (5), o presidente Lula abordou o recente aumento da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Segundo ele, “é mais fácil resolver” esse impasse comercial do que “combater a fome e a miséria” no país.
O presidente também aproveitou a ocasião para criticar aqueles que são contrários à realização de dívida pública com o objetivo de alimentar a população. Lula destacou que, tradicionalmente, o primeiro compromisso imposto ao governo brasileiro é a reserva de recursos para o pagamento da dívida pública, em vez de priorizar programas sociais.
Compromisso com políticas sociais
Lula relembrou episódios de sua juventude marcados pela fome, emocionando-se durante o discurso. Ele enfatizou que o Brasil tem potencial para avançar muito mais em políticas sociais e declarou: “Cada vez eu tenho que fazer mais. Significa que cada vez mais vou ficar mais esquerdista, mais socialista, e vou ficar achando que a gente pode mais”.
As falas do presidente Lula reforçam seu compromisso com o enfrentamento da desigualdade social e a defesa de políticas públicas voltadas para a erradicação da fome. Ao criticar a prioridade dada ao pagamento da dívida pública, Lula sinaliza um possível redirecionamento de recursos para áreas sociais, mesmo diante de críticas sobre o aumento da dívida.
O posicionamento de Lula ocorre em um contexto de desafios econômicos e sociais no Brasil, com o governo buscando alternativas para equilibrar as contas públicas e, ao mesmo tempo, ampliar o alcance de programas de combate à pobreza. As declarações também refletem uma resposta às pressões internacionais, como a tarifa dos Estados Unidos, e reafirmam a intenção do presidente de adotar uma postura mais alinhada à esquerda em seu governo.