O mercado de suínos atravessa um período de valorização em 2024, após enfrentar dificuldades entre 2019 e 2023, quando o preço do milho subiu e o valor do produto caiu.
Produtores como Jorge Ponchi Neto, de São Paulo, relatam estabilidade e aumento das margens, impulsionados pela queda do milho e menor oferta de carne suína no mercado.
Entre o final de 2019 e 2023, o setor de suínos enfrentou desafios devido à queda no preço da carne e ao aumento expressivo do milho, principal insumo da alimentação dos animais nas granjas. Essa combinação pressionou os custos e reduziu a rentabilidade dos produtores.
Jorge Ponchi Neto, que há 24 anos atua na criação de porcos no interior paulista, acompanhou de perto todas as etapas do ciclo produtivo, desde a inseminação artificial até o abate. Em sua granja, são vendidos cerca de 1,5 mil animais por mês, totalizando 100 mil toneladas de carne.
Segundo Jorge, “os produtores de suínos passaram por um período muito ruim, mas atualmente vivem um momento estável”.
O cenário atual é marcado pela redução da oferta de carne suína no mercado, o que elevou o valor do produto. Ao mesmo tempo, a queda do preço do milho a partir do segundo semestre de 2024 contribuiu para a diminuição dos custos de produção e para o aumento das margens de lucro.
Dados do setor e exportações
De acordo com a Associação Brasileira de Produção Animal, em 2023 foram abatidos 57 milhões de porcos no Brasil, um crescimento de 1,3% em relação a 2022.
O mercado interno absorve atualmente 80% da carne suína produzida, enquanto o restante é destinado à exportação.
Com a valorização do produto e a redução dos custos, a expectativa é de que o setor mantenha a estabilidade e continue a apresentar bons resultados ao longo do ano.