Barcelona registrou em junho de 2025 a temperatura mais alta para o mês em mais de 100 anos, durante uma intensa onda de calor que atingiu a Europa.
O serviço meteorológico nacional confirmou o recorde, com máximas diárias chegando a 37,9°C no observatório Can Fabra, causando preocupação entre especialistas e autoridades.
O fenômeno afetou também França, Itália e Portugal, levando a alertas, fechamento de escolas e aumento do risco de incêndios.
Onda de calor atinge Europa e quebra recordes históricos
Em junho de 2025, Barcelona enfrentou temperaturas inéditas, superando marcas históricas e ressaltando a gravidade das mudanças climáticas. A cidade, geralmente protegida do calor extremo por sua localização entre colinas e o Mediterrâneo, foi impactada pela primeira grande onda de calor do ano, com o observatório Can Fabra registrando 37,9°C no dia 30.
O aumento das temperaturas não ficou restrito à Espanha. Na França, a agência meteorológica nacional emitiu alerta vermelho máximo para diversas regiões, incluindo Paris, onde se esperavam temperaturas de até 40°C. Mais de 1.300 escolas foram fechadas parcial ou totalmente, e pontos turísticos como a Torre Eiffel limitaram o acesso devido ao calor intenso.
Na Itália, 17 das 27 principais cidades também sofreram com temperaturas elevadas. Em Portugal, o recorde histórico para junho foi atingido, com 46,6°C, segundo a agência meteorológica nacional. Mesmo com previsão de melhora em Lisboa, áreas do interior ainda enfrentavam picos de até 43°C.
Consequências e projeções para o futuro
A onda de calor provocou impactos significativos na saúde pública, no consumo de energia e no meio ambiente, aumentando o risco de incêndios florestais, especialmente em regiões com solo seco e falta de chuvas, como alertou o Météo-France.
Especialistas em clima alertam que os verões europeus tendem a se tornar ainda mais quentes nas próximas décadas. Projeções indicam que, até 2100, a França pode registrar aumento de até 4°C nas médias anuais, com picos acima de 40°C todo ano e possibilidade de atingir 50°C. O número de dias de ondas de calor pode crescer dez vezes até o fim do século, tornando eventos extremos cada vez mais frequentes.