O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que as tarifas comerciais já estão proporcionando “dezenas de bilhões de dólares” ao país, classificando-as como “uma coisa linda de se ver”. As tarifas entraram em vigor no sábado, 5 de agosto, e afetam mais de 180 países e regiões, incluindo a União Europeia, China, Coreia do Sul e Japão. Trump considera as tarifas como forma de combater déficits financeiros com esses países, revertendo resultados anteriores de sua administração.
Impacto global e reação do mercado
A aplicação das tarifas de Trump já repercutiu negativamente nos mercados asiáticos na manhã da segunda-feira, com quedas significativas em índice da Bolsa Nikkei 225 do Japão e em outros mercados como Coreia do Sul, Austrália e Hong Kong. A perspectiva de elevação de preços, menor confiança e demanda mais fraca são algumas das preocupações dos investidores, que temem uma potencial recessão global.
Rússia ficou excluída do pacote tarifário, o que, conforme o canal Rossiya 1, causou decepção no Ocidente. Brasil foi incluído na lista, com tarifas de 10% sobre suas importações. A decisão das tarifas foi anunciada anteriormente por Trump como parte de uma declaração de “independência econômica” dos produtos estrangeiros.
Argumentos a favor e críticas
Proponentes das tarifas, incluindo Trump e membros de sua administração, defendem que tais medidas podem fortalecer a indústria nacional ao promover o consumo de produtos locais, barganhar questões de segurança nas fronteiras e reduzir déficits comerciais. No entanto, especialistas apontam para os potenciais efeitos negativos das tarifas, como a ameaça ao crescimento econômico tanto dos EUA quanto globalmente.
Trump utilizou tarifas anteriormente como uma tática para negociar com parceiros comerciais sobre segurança nas fronteiras e outras pautas, mencionando o exemplo das tarifas contra México e Canadá. O presidente argumenta que as tarifas não apenas geram receita, mas também ajudam a ajustar a balança comercial desfavorável do país com seus principais parceiros econômicos.