As tarifas de importação anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impactaram a economia mundial na última semana. As novas taxas, que abrangem cerca de 60 países, derrubaram bolsas e geraram reações de governos e especialistas, aumentando o risco de uma recessão global. O Brasil também está entre os países potencialmente afetados.
A medida de Trump afeta diretamente países com maior déficit comercial com os Estados Unidos. Mesmo o Brasil, com uma das menores tarifas, analisa possíveis respostas. O anúncio resultou em quedas nas bolsas da Europa, Ásia e nos próprios Estados Unidos. A China já declarou aumento de impostos sobre produtos americanos, e demais nações avaliam ações semelhantes.
Especialistas alertam para o risco de uma guerra comercial provocar uma recessão na maior economia do mundo. A The Economist destacou em sua capa a fala de Trump, chamando o tarifário de “Dia da Ruína”. A metodologia utilizada pelo governo americano, segundo analistas, é complexa e baseada em variáveis como a balança comercial, gerando críticas até mesmo entre acadêmicos de economia.
Na internet, a medida virou motivo de piadas, com memes retratando Trump como um “garçom de tarifas” ou supervilão. As tarifas também incluem situações inusitadas, como tributos para produtos de ilhas sem habitantes.
Neste domingo, Trump defendeu as novas tarifas comparando-as a um “remédio” e minimizou as quedas nas bolsas. O secretário do Tesouro afirmou que mais de 50 países negociam para modificar as tarifas, mas não mencionou quais. No entanto, ele afirmou que não há motivos para temer a recessão. As tarifas de 10% já entraram em vigor, e a aplicação diferenciada começa na quarta-feira.