A procuradora-geral Merrick Garland afirmou que seria “muito difícil” para o ex-presidente Donald Trump buscar um terceiro mandato. Em coletiva em Washington, Garland destacou os limites constitucionais para mandatos presidenciais. Pam Bondi, ex-procuradora-geral da Flórida, também ressaltou, em entrevista, a complexidade jurídica de tal movimento.
Durante uma coletiva de imprensa, em Washington, Merrick Garland, procuradora-geral dos Estados Unidos, enfatizou as limitações estabelecidas pela Constituição em relação aos mandatos presidenciais. De acordo com a emenda de 1947, presidentes só podem servir a dois mandatos. Esta mudança foi implementada logo após a morte de Franklin Roosevelt, que faleceu no início de seu quarto mandato na Casa Branca.
Pam Bondi, ex-procuradora-geral da Flórida, expressou uma opinião semelhante durante uma entrevista à Fox News. Bondi manifestou sua admiração pessoal por Trump, mas reconheceu as dificuldades legais em alterar os limites constitucionais. Analistas políticos sublinham que uma mudança seria improvável, dada a exigência de uma maioria qualificada no Congresso e a ratificação por três quartos dos estados.
Apesar das dificuldades jurídicas, Donald Trump afirmou à NBC News que não está brincando sobre a possibilidade de um terceiro mandato, mencionando a existência de “métodos” para tal. No entanto, muitos especialistas e fontes próximas consideram estas declarações mais como retórica do que factíveis.
As falas de Bondi refletem um consenso entre estudiosos do direito constitucional sobre a inviabilidade de uma terceira candidatura sem uma revisão extensiva e improvável da Constituição dos Estados Unidos. Muitos observam que o processo exigiria um nível de apoio legislativo e popular que atualmente parece distante.