O garimpo ilegal na Amazônia tem causado severa devastação, agora ameaçando um santuário de árvores gigantes entre o Pará e o Amapá. A busca por ouro e minerais resulta em desmatamento e degradação ambiental. A seca na região Norte e estudos científicos comprovam que a umidade amazônica é vital para o abastecimento de chuvas no Brasil. Além disso, a atividade compromete a biodiversidade e a vida de comunidades locais, gerando conflitos e contaminações.
Impactos na floresta e comunidades
O avanço do garimpo ilegal implica em desmatamento de áreas preservadas para instalação de bases de exploração. O uso de mercúrio na extração contamina rios, afetando a saúde de populações ribeirinhas e indígenas. As terras indígenas, como o território Yanomami, têm sofrido invasões, levando a conflitos e violações de direitos territoriais.
Imagens recentes mostram o impacto do garimpo nos rios e no solo amazônico. Segundo pesquisa do MapBiomas, 77% das áreas de garimpo no Brasil são ilegais. A região enfrenta também o financiamento de atividades criminosas, vinculadas ao tráfico de drogas e ao fortalecimento de organizações criminosas.
Medidas de contenção e fiscalizações
Em resposta à expansão do garimpo, o Ibama intensificou as fiscalizações, aplicando R$ 193,7 milhões em multas em 2023. A expectativa é que medidas, como o fim da “presunção de boa-fé” no comércio de ouro, dificultem a “lavagem” de ouro ilegal. O governo federal, sob a gestão do presidente Lula, tem reforçado as operações de combate, com apoio de ministérios e forças de segurança.
Ameaça a árvores gigantes da Amazônia
Recentemente, um santuário de árvores gigantes foi descoberto entre o Pará e o Amapá. Essa área, que abriga um angelim-vermelho de 85,4 metros, está ameaçada pelo avanço dos garimpos. As árvores gigantes são de extrema importância para o sequestro de carbono e para a manutenção do ciclo de chuvas no Brasil. A preservação dessas árvores é urgente para evitar impactos ambientais irreversíveis.
Apesar de esforços do governo, inclusive operações relevantes em Itaituba e Jacareacanga no Pará, o desmantelamento de garimpos ilegais ainda encontra desafios significativos devido à estrutura bem estabelecida do mercado ilícito de ouro.